sexta-feira, 26 de maio de 2017

Sonhando acordado: Amsterdam - Anne Frank.

Desde que fiquei sabendo que iria para a Holanda, comecei a tentar conhecer um pouco sobre lá. Sim, quando falo Amsterdam, a maioria das pessoas logo pensa em maconha legalizada e Distrito da Luz Vermelha, mas tenho visto que lá é muito mais do que isso.

Um assunto que tenho interesse desde minha adolescência é a II Guerra Mundial, talvez influenciado por um amigo chamado Nilton (ele sim era vidrado na II GM). Mas eu assistia filmes, vez ou outra jogava Battlefield 1942 e ainda que seja um tema bastante pesado, principalmente para quem viveu na época, minha curiosidade era de saber o que aconteceu, como aconteceu.
E quando estava pesquisando sobre a Holanda, vi que um dos pontos turísticos mais famosos é o museu de Anne Frank, uma judia que ficou escondida durante a Guerra em um escritório. Nesse tempo de esconderijo, ela escreveu um diário, que se transformou no mundialmente famoso, "O diário de Anne Frank".

Não sei se por não ter prestado muita atenção quando era adolescente (na época não tinha muito interesse por livros) ou por nunca ter ouvido falar mesmo, não tinha conhecimento desse livro. Quando fiquei sabendo, a primeira coisa que pensei foi: "preciso ler! É literatura obrigatória antes de eu ir!". Logo fui procurar para comprar no site Estante Virtual. Quando estava pesquisando, minha irmã disse que tinha esse livro na casa da minha avó e depois de um tempo estava com o livro em mãos.

No começo estava em dúvida se iria gostar do livro, não sabia direito o que esperar de um diário, mesmo que os comentários na parte de trás fossem positivos. Mas quando comecei a ler, fui percebendo que realmente, a menina tinha um certo dom para escrever.
O que foi mais interessante foi conseguir até certo ponto sentir um pouco da tensão e  angústia vividas por quem estava no esconderijo. Algumas vezes percebi que quando tinha terminado a leitura estava tenso, pensando no que poderia acontecer depois daquilo. Não conseguia prever quando aquilo iria terminar e talvez esse também fosse o sentimento de Anne.
Ao mesmo tempo, o diário vai retratando a dificuldade de conviver confinado. Pensei bastante nisso durante a leitura. Como é dificil convivermos em paz!

Consegui terminar de ler hoje pela manhã, triste pelo desfecho da história dos moradores do Anexo Secreto, ao mesmo tempo bastante impressionado com a experiência.
Durante alguns momentos do livro, questionei se uma adolescente de 14 anos conseguiria escrever daquela forma e curioso que sou fui pesquisar. Havia motivos para desconfiança. O estilo de escrever mudava bastante, o tema, a profundidade do assunto. E aí descobri que no pós-guerra também questionaram a autenticidade do livro. Só que compararam a letra de Anne no colégio e a letra do diário e confirmaram que foi ela mesmo quem escreveu.

Acho que ler esse livro contribui para minha preparação. Quando eu visitar o museu, tenho certeza que o impacto será outro. De alguém que sabe o que aconteceu ali e que reconhece o símbolo que a aquele local se tornou na história da II Guerra na Holanda.
Se você gosta do tema II GM, recomendo a leitura do diário de Anne Frank. É um livro impressionante que ajuda a refletir sobre o ambiente de guerra e o clima hostil que a humanidade já passou.

2 comentários:

  1. Eu também tinha ficado na dúvida se uma menina tão nova tinha escrito aquele diário, tão triste esse cenário da segunda guerra, mas é bem interessante pesquisar o que estava acontecendo com as pessoas comuns e o que elas estavam pensando enquanto acontecia a guerra.

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