Depois de uma semana em Amsterdam, aos poucos a adaptação está acontecendo. Mas vou escrever sobre algumas coisas que me chamaram a atenção nesses dias.
Em alguns aspectos aqui me lembra um pouco São Paulo. Às vezes o dia começa com o tempo aberto, sol, mas logo o céu fecha e chove, depois para, abre, fecha e chove de novo, então um item indispensável na mochila é o guarda-chuva. Também porque aqui a gente vê pessoas com diversos traços étnicos no metrô, cada um falando uma língua.
Para nós brasileiros, alguns sons da língua holandesa não são muito fáceis, mas apesar disso, minha supervisora disse que no holandês, assim como no português, você lê todas as letras. A questão é saber pronunciar. E o jeito holandês é bastante curioso, eles são bem diretos, fazem críticas, dão broncas, mas as discussões não são levadas para o pessoal. Isso acho que é algo que nós latinos podemos aprender, porque assim, com certeza teríamos muito menos problemas de relacionamento.
No quesito segurança, sei que existem críticas sobre a cidade ter o consumo de drogas liberado, a prostituição legalizada por causar marginalidade, perigo, mas apesar disso, percebi que a cidade é bastante segura. A gente vê crianças pequenas indo no mercado comprar coisas, hoje mesmo vi um menino que aparentava ter uns 10 anos andando de metrô tranquilamente com seu Iphone. Ou seja, em um olhar simples, as drogas e a prostituição aqui não parecem estar relacionadas com a criminalidade. (Que fique claro, não estou defendendo isso no Brasil, é apenas algo que achei curioso).
Experiências
- Ontem pela primeira vez joguei bola aqui. Foi bastante engraçado porque tinha no mesmo jogo italianos, americanos, holandeses e eu. Jogamos em um campo bem zoado porque tinha partes com bastante lama. E ainda mais porque tinha uns caras jogando com calça jeans, tênis de corrida. Foi um show de horrores, mas pelo menos deu pra divertir um pouco. (Ainda preciso dar um jeito de limpar minha chuteira).
- Hoje fui lavar roupa e quase tive problemas. Na hora de ajustar a temperatura e o tempo, existem 3 modos. O Koud que é por volta dos 40 graus e 40 minutos, o Warm que é 60 graus e 40 minutos e o Heet que é 95 graus e 50 minutos. Quando perguntei para o cara da recepção ele disse para usar o Koud para roupas casuais e o Warm para toalhas, meias, isso era o suficinte, porque se fosse mais quente poderia encolher as roupas. Adivinhem qual que acabei colocando? Exato! No Heet! Entrei em desespero porque não conseguia parar a máquina, apertei todos os botões, tentei abrir a tampa. Fui na recepção para pedir ajuda e nem a mulher conseguiu desligar. Tive que ficar esperando e torcendo para a roupa não encolher. Ainda bem que não tive problemas, mas estava seriamente preocupado em ter que comprar outras roupas, porque aqui não é muito barato. O que me consolava é que caso tivesse que descartar, ainda dava para sobreviver com as que não estavam lá dentro. No fim deu tudo certo e aprendi que é melhor primeiro selecionar a temperatura com calma para depois apertar Start.
- E também hoje foi dia de tentar cozinhar. Acho que essa eu nem preciso falar que foi um desastre né?! Eu não sabia mexer no fogão, comprei tomate inteiro achando que era molho, coloquei macarrão demais, e óbvio, ficou horrível.
Apesar de tudo, sei que normalmente o começo é assim mesmo, a gente apanha bastante, mas espero não precisar de muito tempo para parar de apanhar um pouco.
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