Quando vi, Novembro já estava na metade e eu ainda não havia escrito nada aqui. Mesmo anotando algumas ideias não consegui desenvolver por razões diversas.
Mas aqui estou. Após os acontecimentos que chocaram o país e o mundo fiquei refletindo um pouco sobre.
Como já deve ser de conhecimento da maioria (pelo menos imagino que seja), tivemos a quebra da barragem em Minas Gerais e os atentados em Paris.
Vi então vários posts no Facebok de todos os tipos de posicionamentos e opiniões. Os que se compadeciam da França, os que queriam a morte dos extremistas religiosos, os que reclamavam que no Brasil foi muito pior e foi bem menos divulgado, os que acusavam os poderosos por causa da queda da barragem, os que tentavam dizer que ambos fatos eram importantes e não precisava deixar de falar de um para falar do outro, etc. Caso você tenha Facebook (sim, existem pessoas que não tem), deve ter visto seu feed bem cheio desse tipo de post. (Deixo claro que aqui não sou nem contra ou a favor, apenas estou falando o que vi).
Quando me deparo com problemas grandes como estes, começo a ter uma certa crise: "E eu? Onde me encaixo nessa história? Deveria largar tudo e ir para as cidades cheias de lama? Deveria ir até a França em nome da paz? Devo compartilhar no Facebook para que o mundo saiba minha indignação?" (não, esse último pensamento eu não tive, foi só uma ironia. Ainda que eu ache que as redes sociais podem ser locais de denuncia e reflexão, me refiro de forma irônica dos que compartilham para tentar aparecer).
Depois do turbilhão de pensamentos, começo a ser mais racional e menos emotivo. Então entendo que não sou capaz de salvar o mundo, entendo que não sou capaz de cuidar de todos os desabrigados e nem consolar todas as famílias dos mortos. Mas não é porque não posso salvar a todos que também ficarei acomodado sem fazer nada. Entende o título "Nem mais, nem menos" agora?
Não vou me cobrar ou condenar por não fazer algo que não está ao meu alcance, pelo menos no momento não está, mas também não vou ficar de braços cruzados se eu posso fazer algo.
Posso procurar formas de ajudar os moradores de Mariana e região. Já vi que uma das formas é doar água potável e também posso procurar quais outras necessidades eles tem e enviar por meio de algum órgão que está ajudando diretamente.
Já em relação a França, no momento não consigo ir até lá (e mesmo se conseguisse não adiantaria muito porque não falo francês), então não posso ajudar fisicamente. Porém, por ser alguém que tem fé, o que vejo que está ao meu alcance é orar pelas famílias dos que foram mortos e por aqueles que organizam esses atentados. Isso é o que acredito que consigo fazer para ajudar no momento. Apenas uma reflexão para minha realidade.
Esses não foram nem os primeiros e infelizmente acredito que nem os últimos problemas grandes que tivemos/teremos. O que acho importante sobre tudo isso é não pensar nem mais, nem menos daquilo que posso fazer. Ser realista. Tentar ajudar ainda que pareça pouco e não fechar os olhos e cruzar os braços, porque nesses momentos acredito que para aqueles que precisam, o que consideramos pouco pode fazer muita diferença.
Entre razões e emoções a saída
ResponderExcluirÉ fazer
Doação de água.
"Entre razões e emoções" kkk.
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