terça-feira, 28 de junho de 2016

A experiência de um "mochileiro" de primeira viagem.

Esse será um post um pouco diferente porque não é exatamente um pensamento, mas o compartilhamento de uma experiência que vivi recentemente.

Li há um tempo atrás um post do Buzzfeed falando sobre uma lista de coisas que devemos fazer sozinhos pelo menos uma vez na vida. Uma delas era viajar sozinho.
Quando estava programando minhas férias comecei a cogitar a ideia de fazer isso. Já havia feito viagens internacionais sozinho, mas só o deslocamento, sempre no destino tinha alguém que eu conhecia, por isso resolvi encarar o desafio.

Depois de pesquisar lugares, ver preços e datas fui ver com alguns amigos se eles não gostariam de ir junto. Caso a resposta fosse "não" sem problemas, eu já iria de qualquer forma. Um desses amigos gostou da ideia e umas duas semanas antes confirmou que iria. Ok, fomos acertando o planejamento da viagem. Destino: Porto Alegre.

Eu chegaria sexta e ele sábado, então sexta ficaria por conta. Decidi ficar em um hostel por ser mais barato e ser algo que nunca tinha feito.
Consegui chegar no hostel, deixei as coisas e fui me aventurar. Foi uma experiência nova, o Google Maps foi meu guia.
Por causa da incerteza dos pontos de ônibus e paradas, mais de uma vez caminhei mais do que realmente precisaria, mas isso está incluso no pacote "primeira viagem".
No entardecer voltei para o hostel e só saí para comer algo perto. Os dias no hostel foram um pouco parecidos com os acampamentos que participei, estava no mesmo quarto com um monte de estranhos a mim, mas nos dias seguintes já estava acostumando com eles.
No sábado tive uma grande surpresa. Acordei e vi que tinha mensagens no celular, ligação do meu amigo. O aeroporto de Porto Alegre estava sem condições para pouso e ele decidiu não ir mais.

Resultado: um final de semana sozinho em Porto Alegre.

Precisei ficar por conta e me surpreendi muito com a receptividade das pessoas. Todas foram muito solicitas em ajudar, informar sobre lugares e como chegar (e "de brinde" tinha o sotaque que particularmente gosto).
Vi quão interessante a cidade é no aspecto arquitetônico histórico. Várias construções antigas que no city tour são explicadas sua importância.
Porto Alegre é uma cidade exemplo em conservação e em preservação. São muitas opções de parques arborizados para caminhar, passar a tarde com amigos. Esse tipo de lazer é um ponto forte de lá.

Um dos objetivos quando escolhi Porto Alegre foi para ir um estádio de Copa do Mundo. Apesar de quase desistir no meio do caminho, resolvi comprar o ingresso para ver Internacional e Botafogo. Foi uma experiência bem interessante mesmo sem torcer pra nenhum time que estava jogando. Vi no Brasil um padrão alto de estádio. Não enfrentei filas para entrar, o gramado, a iluminação, o som e o telão estavam muito bons, 2 anos após a Copa.

Resolvi não ficar me sentindo culpado caso não encontrasse um verdadeiro churrasco gaúcho e tomasse um chimarrão. Porque churrasco e chimarrão consigo na minha própria cidade (temos um CTG e estudo com uma gaúcha que de vez em quando leva seu chimarrão pra faculdade). Fiquei é impressionado com a quantidade de restaurantes japonês que vi. Praticamente em todos os lugares que eu fui tinha um.

Por fim, no planejamento achava que 3 dias seriam suficientes para conhecer os pontos legais da cidade, mas não chegaram nem perto (mais uma lição para o pacote "primeira viagem").
Por outro lado, isso que é legal, ficar com a vontade de voltar.
E pode esperar Porto Alegre, eu voltarei.
__________________________________________________________________________________________________________

Aqui estão algumas fotos que tirei de lá.















quinta-feira, 2 de junho de 2016

Enquanto houver amanhã é preciso ter esperança.

Me peguei reflexivo nesses últimos dias porque vejo que talvez o cenário político recente (principalmente de 2 anos para cá) não traz boas perspectivias e as notícias que ouço não são as melhores. 

"A empresa X fechou, a empresa L mandou várias pessoas embora". Ouvir isso me deixou um pouco apreensivo a respeito do nosso futuro, com o caminho do país daqui para frente. Antes era uma notícia que eu via nos jornais, na internet, agora já são conversas que participo no meu dia-a-dia. Talvez hoje, pelo menos para mim, a crise bate a porta. 

Como disse, ficar angustiado foi minha primeira reação, mas após o desespero inicial (Oh! E agora? Quem poderá nos defender?), fui lembrando de algumas coisas. Já ouvi ou li (não lembro exatamente) que as crises têm seu lado positivo. Elas nos fazem sair da comodidade, usar a criatividade e ver além. Por causa das crises buscamos alternativas. 

É claro que passar pelo momento de crise não é fácil, mas enquanto houver amanhã é preciso ter esperança. Parece romântica demais essa frase e talvez até seja. Porém, pense comigo, o mais importante não é estar vivo no dia de amanhã? A vida e a esperança devem caminhar juntas, porque é possível que amanhã (metaforicamente falando) o cenário mude, mesmo que de forma árdua e trabalhosa (o que normalmente é). 

Olhando para a história, a humanidade já passou por outras crises, nosso país já passou por outras crises. Assim como elas foram superadas no passado, temos a inspiração para lutar e buscar superação na atual. Então se o desespero vier, devemos lembrar "enquanto houver amanhã é preciso ter esperança".