segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

Sentir-se totalmente preparado

(Milagrosamente, estou postando pela segunda vez em um intervalo bem curto. Acho que há muito isso não acontecia. Preciso aproveitar o frescor da ideia e já que estou no computador, escrever.)

Outro dia estava conversando com um amigo meu que será pai e perguntei: "E aí, está preparado?". Ele me deu a seguinte resposta: "Ah, a gente nunca está né...". E complementou que também foi assim quando ele casou, quando mudou de cidade, mas que deu tudo certo. 

Agora pela manhã estava pensando em quantas vezes me senti preparado para enfrentar algo novo e estava totalmente confiante que conseguiria fazer aquilo tranquilamente. Me arrisco dizer que foram pouquíssimas vezes. Pode ser uma questão de auto-estima? Talvez. Mas o que me lembro é que as vezes em que me senti totalmente preparado e totalmente confiante, fracassei. 

Vejo isso acontecer bastante no esporte também. O favorito entra se achando campeão e acaba caindo. Não é uma regra, mas parece que quando o atleta sabe que se preparou e está com os "pés no chão", ciente de que pode não vencer, a chance de sucesso parece maior. Isso pode também ter relação com o atleta dar tudo de si na competição, como se ela fosse a última.
A sensação de não estar totalmente preparado é boa, apesar de não parecer. Evita a soberba, a prepotência e uma frustração ainda maior em caso de fracasso. Além de incentivar a fazer o melhor, o máximo possível.   

Estive pensando sobre esse tema por lembrar que nos últimos anos tenho me deparado com algumas situações nas quais não me sentia totalmente preparado. Término do mestrado, ida para a Holanda, cargos na igreja, situações que tive que falar em público para um número considerável de pessoas. 

E já sei que virão outras em 2019.

Mas a conclusão que cheguei é: tudo bem não sentir-se totalmente preparado. Como acabei de falar, isso pode ter seu lado bom. O importante é seguir em frente, preparado ou não, confiante com os "pés no chão". O jeito melhor de caminhar, a gente aprende no caminho, por mais cliché que isso possa parecer. 

quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

Internet: "terra" de todo mundo, "terra" de ninguém.

A vida virtual é uma das coisas que mais me intriga e já fiz outros posts falando sobre isso. Recentemente comecei a fazer um curso de tutoria em EAD e foi falado sobre a vantagem dos cursos de educação a distância, que conseguem transmitir conhecimento independente da questão geográfica. Hoje em dia, imagino, sem consultar dados oficiais, que a grande parte do Brasil tem acesso à internet. Haja vista o número de vídeos que temos em WhatsApp, Facebook e outros meios de comunicação, vindo de várias partes do país.

Só que, recentemente, também vi um vídeo de um youtuber famoso (1) falando sobre outro youtuber famoso (2). O vídeo foi uma resposta a outros vídeos do youtuber 2, que estava incitando odio de seus seguidores contra o youtuber 1. 
Além disso, também estava procurando dicas de bons capacetes para moto. Encontrei uma infinidade de vídeos, de tudo quanto é tipo de gente e alguns poucos de pessoas ou organizações especializadas. 

O que quero dizer com tudo isso é, que, ao mesmo tempo que as pessoas possuem acesso ilimitado à internet, elas também podem postar quase qualquer tipo de conteúdo de forma irrestrita. Seja a pessoa uma especialista, seja apenas alguém querendo dar opinião. O fato é que a internet se tornou "terra" de todo mundo e ao mesmo tempo  "terra" de ninguém. (Para ilustrar isso, o Porta dos Fundos fez uma série de vídeos chamado "Polêmica da semana"). 


Você pode até me dizer que atualmente temos leis para cybercrimes, e realmente, porém, convenhamos que é algo muito recente e também hoje é impossível restringir as pessoas postarem o que elas querem. 
Eu não sei se há uma solução para que as pessoas não postem conteúdos de forma irresponsável, baseada apenas em achismos. Muitos menos não acho que seja certo fazer esse tipo de intervenção. O que digo aqui é apenas uma observação da realidade virtual (por mais estranho que isso pareça), sobre um lugar que é acessível e ao mesmo tempo "sem leis", na qual todo mundo posta o que quer, inclusive este que vos escreve.