sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Você está me ouvindo?

Você é como eu e gosta de ser escutado? Perceber que a outra pessoa te ouviu traz sentimento de importância não é? Mas tenho percebido que muitas vezes facilmente percorremos uma via de mão única. Apenas queremos que os outros nos escutem mas não queremos escutar.
Fonte: www.kanui.com.br
Semana passada liguei em uma loja para trocar uma camisa que ganhei. Logo que fui atendido disse que queria saber se lá tinha bastante variedade porque estava pensando se trocava o presente. O homem do outro lado da linha mal me ouviu e quis explicar as outras lojas deles. Depois de um pouco de conversa ele me perguntou por qual motivo eu queria trocar. Disse que por querer ver as outras opções, se houvesse alguma que eu gostasse mais eu trocaria. E a resposta dele foi que o gostar não é motivo para troca. Na hora retruquei até de maneira meio grossa e indignada (admito): "Como não? Foi presente!" (E mesmo se não fosse presente, no pouco que conheço do código do consumidor, eu teria esse direito de troca. Mas ok, isso não vem ao caso agora). Então ele disse que poderia trocar. Atento ao detalhe que logo no começo da conversa disse que era uma camisa ganhada.
Vou parar por aqui porque foi só uma ilustração do que vejo que acontece muitas vezes com todo mundo e talvez somente quando passamos pelo momento de não sermos ouvidos é que damos importância para isso. Volto ao início, queremos falar, queremos ser ouvidos, mas não estamos dispostos a prestar atenção no outro. Quantas vezes vejo que poderia ter dado uma resposta mais adequada se tivesse ouvido com atenção (isso em diversas situações e ocasiões).
Então chego a outro ponto apenas para pensar, isso seria egoísmo ou pressa? Porque uma coisa é querer somente falar sem querer ouvir e outra é querer responder sem ouvir direito. São duas situações diferentes mas que tem o mesmo resultado, o desconforto para quem está no suposto diálogo.
É claro, nem sempre percebemos que falamos muito e ouvimos pouco, porém acredito que de tempos em tempos (talvez esse tempo deva ser bem curto)  precisamos fazer esse exercício para que de fato exista um diálogo e não um monólogo.
Fica então a importância de olharmos para nossas atitudes sempre que passarmos por situações desse tipo. Porque é fácil julgar, mas só quando o "réu" é o outro. Se queremos ser ouvidos é bom também sabermos ouvir. Aliás, aqui no término desse post, espero que ainda você esteja me "ouvindo".

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