Normalmente, estamos acostumados a acompanhar pelas redes sociais, pela TV, jornais as coisas que acontecem pelo mundo a fora, posso estar enganado mas principalmente as coisas ruins. Há um tempo atrás como já falei aqui, os acontecimentos lamentáveis em Mariana - MG e em Paris. E de longe ficamos "nossa, que triste", mas e quando acontece com a gente?
É a primeira vez que estou vivendo uma situação de estado de emergência em minha cidade e quando fiquei sabendo, logo fiquei meio preocupado. Afinal, nunca vivi isso, não sei como me comportar.
Desde o ano passado, a média do volume de chuva é maior do que em muitos anos. Nos últimos dias, ela está vindo com muita força em pouco tempo, causando vários estragos aqui e na região. Fiquei sabendo que pontes caíram, estradas cederam, árvores desabaram, bairros estão sem água desde a tarde, pessoas foram levadas pela água e a sensação de insegurança frente a natureza aumentou.
E aí com tudo isso acontecendo o que sobra em nossos corações é a descrença, a reclamação, o questionamento, "por que comigo?". Uma vez ouvi uma resposta muito interessante, "por que não com você?". Às vezes em nosso olhar pequeno e egoísta, achamos que devemos ser imunes a esse tipo de coisa, devemos ser intocáveis em relação aos acidentes, em relação às catástrofes. Desculpe dizer isso, talvez você não pense assim, mas nós somos iguais. Somos feitos das mesmas matérias e sujeitos aos mesmos acontecimentos, uma vez que todos nós somos seres humanos em um mundo que às vezes parece ser caótico.
Então o que fazer quando acontece com a gente?
Podemos escolher, podemos continuar nos fazendo de vítimas achando que tudo conspira contra nós, podemos aceitar, chorar, enxugar as lágrimas, levantar e continuar, podemos simplesmente desistir e cruzar os braços, podemos fingir que nada está acontecendo. Tudo isso são possibilidades e acredito que há muitas outras que não citei.
O que eu entendo que é o melhor caminho a ser seguido, é saber daquilo que está acontecendo, saber minhas possibidades e limitações e fazer o que posso, nem mais, nem menos. Para mim, desistir e reclamar não parece ser a melhor opção, levantar e ter esperança no amanhã sim, porque acredito que uma hora isso se resolverá.