quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Uma carta para 2015.

Como havia dito no post anterior, é meio que automático (pelo menos pra mim é), fazer uma retrospectiva. Normalmente não postaria isso, mas resolvi fazer diferente, já que esse ano foi diferente.
Fonte: www.dicasfree.com

"2015...
Ah 2015... Não é fácil escrever tudo o que aconteceu porque foram muitas coisas.
Foi um ano intenso, de mudanças, na verdade, muito mais do que esperava. E parece que passou voando, mas com certeza 2015, você me marcou.
Quando olho para você, vejo o quanto aprendi e o quanto ainda tenho para aprender.

Voltei a fazer coisas que talvez há um tempo não fazia:

- Viver.
Acho que a primeira e mais importante delas é viver, ou me sentir vivo.
Posso dizer com tranquilidade que me senti mais vivo, mais humano. Pude ver melhor minha humanidade. Vi que não preciso e nem devo ter a pretensão de ser perfeito. Que sou alguém com fragilidades, medos, dúvidas e que não preciso me sentir rebaixado por isso. Dizer que não sei não deve ser tratado como derrota ou vergonha, mas sim como parte da minha finitude. Percebi de forma mais clara que a vida é um paradoxo, que não acontecem somente coisas boas ou somente coisas ruins, uma de cada vez, mas acontecem coisas boas, ruins, neutras às vezes ao mesmo tempo. A vida não é uma ciência exata e sim uma arte.

Uma vez me ensinaram sobre a importância de perguntar, levantar questionamentos, que isso nos tira da zona de conforto. Às vezes quem faz isso incomoda, porque mexe com o status quo. Mas entendo também que sem perguntas, não há progresso. Inclusive percebi que em meus questionamentos também encontro fundamentos. Justamente por questionar, fundamento o que acredito a partir do que descubro.

- Sonhar e planejar.
Parece que em um determinado momento, voltei a sonhar como em um tempo atrás. Sonhos que dão ânimo para viver. Voltei a planejar o que farei daqui alguns anos e o sentimento é de que aparenta ser o caminho mais adequado, pelo menos por enquanto. Hoje compreendo que a rota pode mudar e é importante estar aberto para essas mudanças e para replanejar. 

Além desses pontos, foi um ano de amadurecimento.

- Percebi que pode ser perigoso andar nos extremos e é importante caminhar buscando um meio termo (ainda que talvez o perfeito meio termo não seja possível de ser alcançado).
- Comecei e terminei um relacionamento. Mesmo que não tenha dado certo, pude aprender bastante e hoje tenho uma percepção um pouco melhor de quem sou, sinto mais segurança disso, e como falei acima, percebi que sou passível de mudança.
- Me aventurei em outro curso de graduação (teologia), um novo desafio, em outra área de estudo. Isso me ajudou bastante a voltar a questionar e pensar, aliás, foi um dos principais motivos para fazer o blog e voltar a escrever. Conheci pessoas que hoje chamo de amigos/irmãos.

Enfim 2015, saio grato por tudo o que aconteceu e desafiado pelo que vai acontecer em 2016.
Obrigado por marcar minha vida!"
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Então assim termino minhas postagens nesse ano de 2015. Obrigado a você que teve paciência de ler esse blog e ano que vem acredito que continuarei essa aventura de escrever. Se quiser me acompanhar, sinta-se convidado!

Um ótimo final de ano para você!

*Obs: Peço desculpas pelos muitos links, mas eles fazem parte da retrospectiva do ano no blog.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Oportunidades de fim de ano.

(Não, esse post não é sobre ofertas de Natal ou promoções de sites de compras.)

Não sei se com você também é assim, mas quando o final de ano vai chegando, o ritmo vai diminuindo, as confraternizações vão sendo marcadas e o logo vem o pensamento de retrospectiva (assunto que provavelmente abordarei no próximo post).
Vejo que esse é um tempo de muitas oportunidades. Por que? Por que o Natal está chegando? Não somente, mas também.

Por ser uma época de reuniões pode ser um tempo muito bom para reencontrar amigos, colocar a conversa em dia. Alguns amigos são aqueles que você sempre vê, mas parece que nunca dá certo para sentar e conversar, outros são aqueles de longa data que falei em um post, e ainda tem os novos amigos que você conhece meio que por acaso nessas ocasiões.
Particularmente, não era muito fã de reuniões de fim de ano. Porque sempre tem (em qualquer lugar) as piadinhas do pavê, o amigo secreto em que você considera que ganhou um presente pior do que o que você deu e outras coisas que talvez me deixavam meio frustrado antes, mas hoje começo a ver de forma diferente.

Hoje entendo que é um tempo de oportunidades para aproveitar com as pessoas que talvez no dia-a-dia não conseguimos. Oportunidade para conversar sobre os planos feitos no ano, se eles se concretizaram ou não; oportunidade para sonhar o ano seguinte; oportunidade para jogar conversa fora e falar besteira.
Muitas vezes esperamos o ano inteiro por um momento, por exemplo, um evento, um show, um aniversário, uma black friday, e de fato podem ser importantes para nós, mas que assim também nós venhamos a considerar o fim de ano como um momento importante não só por ser o final de um ano e começo de outro.

Nesse breve post quero te incentivar e me incentivar a aproveitarmos as oportunidades de fim de ano com os outros, afinal, talvez elas podem acontecer só uma vez no ano. 

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Dois pesos e duas medidas: começar a pensar no outro.

(O post de hoje é de certa forma uma continuação do "Você está me ouvindo?".)

Estava reparando em como nós tendemos a utilizar dois pesos e duas medidas, quando é com os outros e quando é conosco.

Por que falo isso?

Não sei se já comentei em outros posts, você também tem a percepção de que quando o outro amassa nosso carro por exemplo, queremos que ele pague por cada centímetro amassado, mas quando somos nós quem amassamos, pensamos "ah, é só um amassadinho de nada, ninguém vai perceber"?
Assim é com a cola na prova, com a vaga de deficiente, com a fila no supermercado, que são coisas simples e também com o que é mais sério, por exemplo, queremos que tenha pena severa aos que batem por ter ingerido bebida alcoólica, mas não pensamos assim quando somos nós que bebemos uma cervejinha antes de dirigir. (Estou usando bastante exemplo de carro, não sei o motivo).
Entende agora os dois pesos e duas medidas? Será que todos nós não fazemos isso muitas vezes de forma inconsciente?

Tem uma outra coisa que merece ser lembrada, se você tem mais que 20 anos já deve ter percebido (pelo menos eu acho) que as coisas hoje estão muito mais chatas, digamos assim. Chatas no sentido de que hoje as pessoas se sentem ofendidas por qualquer coisinha. Hoje em dia brincar com algo dá processo.
É claro, sei que brincadeira tem limite, mas também o não brincar com nada torna a vida mecânica e sem graça.
Parece que alcançamos hoje um nível em que fazer piada com qualquer coisa já é motivo para mimimi no Facebook. Acompanho alguns sites de humor e quantos comentários de gente que se sentiu ofendida aparecem por lá. Fico assustado com o modo como as pessoas são tão sensíveis e levam tudo muito a sério.
Mas e quando são essas pessoas quem brincam? "Ah, mas a minha brincadeira não é ofensiva.", "Você é quem pensa...".  Novamente usamos dois pesos e duas medidas. Aliás, não falei explicitamente, mas ficou subentendido, na maioria das vezes para os outros é mais pesado e para nós, mais leve.

Que tal começarmos a nos colocar no lugar do outro? Isso chama-se altruísmo.
Que tal deixarmos de ser ultrasensíveis e deixarmos de sempre nos sentir vítimas? Isso chama-se maturidade.

Para que a vida não se torne chata, precisamos parar de querer ficar julgando e não querer ser julgado. Precisamos aprender que o mundo não gira ao nosso redor e que os outros colaboram para que nossa vida se torne vida.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

O ser humano e a finitude.

(É engraçado como as ideias dos posts às vezes surgem das situações mais inusitadas. Esse por exemplo começou com uma descarga no vaso sanitário. Parece desnecessária essa informação, e talvez seja, mas vamos ao que interessa e veja você se foi ou não).

Com essa simples descarga comecei a pensar rapidamente quanta água é utilizada ali e lembrei que hoje temos descargas possuem duas possibilidades diferentes na quantidade de água porque há o discurso e a ideia de sustentabilidade. Mas imagino que quando inventaram a descarga, provavelmente não consideraram que a água era um recurso finito, e aí fomos usando, usando até percebermos que uma hora acaba.
Assim também com outros bens naturais, como a madeira, os animais, parece que o ser humano não pensava que uma hora acabaria, mas uma hora acaba, infelizmente acaba...

Pegando o exemplo dos animais, quantas espécies já não foram extintas por causa da caça? Quantas ainda não estão ameaçadas de extinção? (Lembro que quando eu era pequeno tinha tazos do chiclete Ping Pong com os animais com risco de extinção e esses dias atrás vi na TV falar sobre a arara-azul ou araraúna, que continua com esse risco. Anos passaram mas esses animais continuam sendo caçados para virarem troféus).

Parece-me que o ser humano muitas vezes perde seu senso de finitude.

Isso inclui a sua própria finitude. Nós temos dificuldade de lidar com ela. Muitas vezes não aceitamos ou não queremos aceitar, mas nós mesmos somos finitos. E precisamos considerar isso.
"Como assim?", "Por que pensar que um dia eu passarei?", "Que post melancólico e pessimista!".

Calma, estou falando isso porque pensar sobre poderá influenciar diretamente na forma na qual vivemos. (E esse é o ponto que considero mais importante aqui).

Quando penso que não viverei para sempre, começo a refletir melhor sobre o modo como estou vivendo.
Por saber que um dia morrerei penso que guardar rancor ou mágoas não vale a pena; me faz considerar que não devo deixar para depois me importar com o outro; que preciso cuidar do meio ambiente para as futuras gerações; que as pessoas são mais importantes que o dinheiro.
Ao meu ver, isso é viver de maneira mais intensa. Quando digo intensa, não estou dizendo inconsequente, muito pelo contrário, justamente por saber da minha finitude, entendo que preciso aproveitar de forma saudável sem querer encurtar minha vida por causa de um carpe diem.

Pensar sobre a minha finitude, me faz ter forças para levantar e viver um dia a mais valorizando a vida. A minha e a do outro. Como diz a letra da música do Legião Urbana: "É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã". Pense nisso e vamos tentar viver de uma forma que valha a pena! Cientes da finitude, mas com a esperança de viver bem!

(Agradecimento especial à Eleanor que me ajudou a pensar de forma esperançosa em face da finitude.)

sábado, 28 de novembro de 2015

A "arte" de lidar com pessoas.

Antes de começar esse post, quero deixar claro que quando falar de "ciência" estarei me referindo a algo exato, mensurável, descritível e o termo "arte" será não exato, não mensurável e nem previsível. Não sei exatamente se existem esses conceitos sobre ciência e arte, mas eles me parecem razoáveis para utilizar nesse post e explicar o raciocínio.

Esses dias atrás estava pensando, como a vida é complexa quando se trata de lidar com pessoas não é mesmo?!
Há um tempo atrás entendia isso como uma ciência, as pessoas possuem padrões e ponto, elas podem ser definidas."Se acontecer isso, a pessoa por ter essa personalidade, fará aquilo", e assim por diante.
Porém, de um tempo para cá comecei a perceber que o ser humano não é tão simples assim para ser definido em padrões de comportamento. Algumas áreas estudam padrões de comportamento humano e possuem muita propriedade para falar sobre isso. (Quero esclarecer que não estou criticando essas áreas, eu que não estava conseguindo assimilar da maneira correta).
Os estudos são para tentar sistematizar o que é comum ou pelo menos aproximado no ser humano, algo que talvez sim de forma errônea nosso pensamento moderno tenha tentado definir na ciência. No fundo acho que depende da forma que utilizamos esses conhecimentos.

Entendo que o ser humano não pode ser definido. Porque cada um de nós possui experiências diferentes, ainda que vivamos no mesmo ambiente; possui características diferentes, ainda que sejamos irmãos; pensa diferente, ainda que formados na mesma faculdade. Como disse em um post anterior, mudamos a cada dia, então chego na ideia que lidar com as pessoas, inclusives com nós mesmos é uma arte e não uma ciência.

Por que arte?

Não é possível definir em uma fórmula, é preciso sensibilidade em cada situação. Às vezes achamos que a pessoa reagirá de uma determinada forma, mas ela reage completamente diferente, e aí? Se tivermos o pensamento de ciência, ficaremos sem reação. Percebe a complexidade? Não podemos generalizar as pessoas, porque se assim fizermos, estaremos lidando com máquinas, algo sem vida.
Por esse motivo hoje tenho um pouco de aversão ao pensamento de passos para ser bem sucedido, não só no lidar com as pessoas, mas com outras coisas também, como eu disse em um dos primeiros posts.
(Aliás, esse post estou usando mais referências de post anteriores, quero lembrar esse blog é uma construção).

Por necessitar de sensibilidade em cada situação que disse que lidar com as pessoas é complexo. Não quer dizer que devemos ficar o tempo todo analisando, calculando, se preocupando, não, acredito que apenas devemos viver entendendo que lidar com as pessoas é uma arte. Cada situação é única. Só de entender isso acho que damos um grande passo. Isso demonstra respeito com o outro. Porque a ciência define e automaticamente reduz, mas a arte dá liberdade e aceita a autenticidade de cada um. É um desafio viver assim? Com certeza! Mas como dizem, viver é uma arte.

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Nem mais, nem menos.

Quando vi, Novembro já estava na metade e eu ainda não havia escrito nada aqui. Mesmo anotando algumas ideias não consegui desenvolver por razões diversas.
Mas aqui estou. Após os acontecimentos que chocaram o país e o mundo fiquei refletindo um pouco sobre.
Como já deve ser de conhecimento da maioria (pelo menos imagino que seja), tivemos a quebra da barragem em Minas Gerais e os atentados em Paris.

Vi então vários posts no Facebok de todos os tipos de posicionamentos e opiniões. Os que se compadeciam da França, os que queriam a morte dos extremistas religiosos, os que reclamavam que no Brasil foi muito pior e foi bem menos divulgado, os que acusavam os poderosos por causa da queda da barragem, os que tentavam dizer que ambos fatos eram importantes e não precisava deixar de falar de um para falar do outro, etc. Caso você tenha Facebook (sim, existem pessoas que não tem), deve ter visto seu feed bem cheio desse tipo de post. (Deixo claro que aqui não sou nem contra ou a favor, apenas estou falando o que vi).

Quando me deparo com problemas grandes como estes, começo a ter uma certa crise: "E eu? Onde me encaixo nessa história? Deveria largar tudo e ir para as cidades cheias de lama? Deveria ir até a França em nome da paz? Devo compartilhar no Facebook para que o mundo saiba minha indignação?" (não, esse último pensamento eu não tive, foi só uma ironia. Ainda que eu ache que as redes sociais podem ser locais de denuncia e reflexão, me refiro de forma irônica dos que compartilham para tentar aparecer).

Depois do turbilhão de pensamentos, começo a ser mais racional e menos emotivo. Então entendo que não sou capaz de salvar o mundo, entendo que não sou capaz de cuidar de todos os desabrigados e nem consolar todas as famílias dos mortos. Mas não é porque não posso salvar a todos que também ficarei acomodado sem fazer nada. Entende o título "Nem mais, nem menos" agora?
Não vou me cobrar ou condenar por não fazer algo que não está ao meu alcance, pelo menos no momento não está, mas também não vou ficar de braços cruzados se eu posso fazer algo.
Posso procurar formas de ajudar os moradores de Mariana e região. Já vi que uma das formas é doar água potável e também posso procurar quais outras necessidades eles tem e enviar por meio de algum órgão que está ajudando diretamente.
Já em relação a França, no momento não consigo ir até lá (e mesmo se conseguisse não adiantaria muito porque não falo francês), então não posso ajudar fisicamente. Porém, por ser alguém que tem fé, o que vejo que está ao meu alcance é orar pelas famílias dos que foram mortos e por aqueles que organizam esses atentados. Isso é o que acredito que consigo fazer para ajudar no momento. Apenas uma reflexão para minha realidade.

Esses não foram nem os primeiros e infelizmente acredito que nem os últimos problemas grandes que tivemos/teremos. O que acho importante sobre tudo isso é não pensar nem mais, nem menos daquilo que posso fazer. Ser realista. Tentar ajudar ainda que pareça pouco e não fechar os olhos e cruzar os braços, porque nesses momentos acredito que para aqueles que precisam, o que consideramos pouco pode fazer muita diferença.  

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Facing the challenges.

This post is about facing our challenges, whatever they are.
A friend of mine, a Hawaiian teacher, said that we (Brazilians) know English much more than we imagine. We just need to accept the challenge to face our fears of make some mistakes and try. The question is, who never made a mistake? Who was born knowing how to speak or do other things correctly?

So this is why I'm trying to write in English. I was thinking that is not about to be the best, but do the best as I can. It doesn't matter if a lot of people is better than me, this is my best.
I think that is not only to speak/write in another language, it is in our lives in all aspects.

Source: huffingtonpost.com
This is your best? Great! Be proud of yourself! "But I was the last", you may say. Ok, but for now, this is your best. You can make different on next time. (I want to be clear that this post isn't a motivation speech, like "Just do it" by Shia Labeouf). I think that is not just believe in yourself and
make the dreams come true. Even I believe that it is a part of the path to get dreams come true.

I'm talking about to face. To try. Sometimes we will be successful, sometimes won't. The point is don't let the opportunity go away because you have fear. Maybe you are better than you imagine. Don't feel too much guilty just because you failed once, or twice, or N times. And of course, don't be too much loose with yourself to never step forward.
To found the balance, first of all, look to your conditions nowadays, look to your daily routine, look to those who is around you. And them, stand up, go, until where you can. Facing the challenges day by day, trying, humble as a child, learning, to don't stop where you are.

Ps: sorry my mistakes. But I did my best.

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

A preguiça e a impaciência.

Já é uma reflexão que faço há algum tempo, mas via de regra ela volta a minha mente (então não estranhe caso tenha alguns pensamentos de outros posts, tudo isso é uma construção). É uma relação que vejo entre a preguiça e a impaciência.
Parece que a todo tempo vejo que queremos enriquecer rápido e sem muito esforço. Para conseguir isso, jogamos na loteria, entramos em esquemas de pirâmide em vendas, nada contra quem faz isso, mas vamos parar para pensar e ser bem francos, no fundo isso é uma forma de tentar ganhar dinheiro fácil sem se esforçar.
Comecei a me perguntar se isso era um problema do brasileiro, que sempre dá um "jeitinho" em tudo e consegue o que quer. Ainda não cheguei a nenhuma conclusão, apesar de que a loteria não existe somente aqui. Assim como as vendas em esquema de pirâmide, não é exclusiva do Brasil.

Então começo a me questionar também se isso está relacionado ao tempo no qual vivemos. (Aliás, esse tempo me faz pensar e questionar bastante). Como já devo ter dito em outros posts (nesse blog ou no antigo), nossa vida está muito mais prática e fácil por conta do avanço da tecnologia e aparelhos que temos ao nosso alcance.
Essa facilidade parece nos tornar pessoas mal acostumadas, que querem tudo de maneira fácil e rápida, pessoas preguiçosas e impacientes. Por ser assim buscamos meios para alcançar o que queremos que não custem muito e que são rápidos. Faz sentido?
Acho ainda que isso vai além da questão de dinheiro, a área do conhecimento também é outra. Por exemplo, quero saber sobre todos os clássicos da filosofia sem ler uma única vez. A partir de trechos pretendo compreender toda a filosofia de Kant, sem me lembrar que para ele desenvolver isso demorou bastante tempo. Assim se torna ilógica minha ideia de querer compreender em pouco tempo o que necessita de tempo.

Há maneiras de conseguir dinheiro em pouco tempo? Sim. Pessoas que desenvolvem aplicativos para smartphones, tablets e vendem por milhões de dólares são um exemplo. Mas por outro lado, deve ter um trabalho muito árduo dessas pessoas até chegar ao fim do projeto. Há maneiras de adquirir conhecimento em pouco tempo? Provavelmente, mas não me pergunte como, porque eu não sei. Mas deve haver.
O que quero dizer é que SIM há exceções, não estou duvidando que você pode ser uma delas. Mas a maioria não é. Então é preciso mais trabalho e mais paciência. Deixar para trás essa preguiça e impaciência. Lembrar que a vida tem um tempo, nosso corpo tem um tempo. Nem sempre esse tempo corre da maneira que queremos, mas assim é a vida e sinto lhe dizer que não há como fugir...

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Você está me ouvindo?

Você é como eu e gosta de ser escutado? Perceber que a outra pessoa te ouviu traz sentimento de importância não é? Mas tenho percebido que muitas vezes facilmente percorremos uma via de mão única. Apenas queremos que os outros nos escutem mas não queremos escutar.
Fonte: www.kanui.com.br
Semana passada liguei em uma loja para trocar uma camisa que ganhei. Logo que fui atendido disse que queria saber se lá tinha bastante variedade porque estava pensando se trocava o presente. O homem do outro lado da linha mal me ouviu e quis explicar as outras lojas deles. Depois de um pouco de conversa ele me perguntou por qual motivo eu queria trocar. Disse que por querer ver as outras opções, se houvesse alguma que eu gostasse mais eu trocaria. E a resposta dele foi que o gostar não é motivo para troca. Na hora retruquei até de maneira meio grossa e indignada (admito): "Como não? Foi presente!" (E mesmo se não fosse presente, no pouco que conheço do código do consumidor, eu teria esse direito de troca. Mas ok, isso não vem ao caso agora). Então ele disse que poderia trocar. Atento ao detalhe que logo no começo da conversa disse que era uma camisa ganhada.
Vou parar por aqui porque foi só uma ilustração do que vejo que acontece muitas vezes com todo mundo e talvez somente quando passamos pelo momento de não sermos ouvidos é que damos importância para isso. Volto ao início, queremos falar, queremos ser ouvidos, mas não estamos dispostos a prestar atenção no outro. Quantas vezes vejo que poderia ter dado uma resposta mais adequada se tivesse ouvido com atenção (isso em diversas situações e ocasiões).
Então chego a outro ponto apenas para pensar, isso seria egoísmo ou pressa? Porque uma coisa é querer somente falar sem querer ouvir e outra é querer responder sem ouvir direito. São duas situações diferentes mas que tem o mesmo resultado, o desconforto para quem está no suposto diálogo.
É claro, nem sempre percebemos que falamos muito e ouvimos pouco, porém acredito que de tempos em tempos (talvez esse tempo deva ser bem curto)  precisamos fazer esse exercício para que de fato exista um diálogo e não um monólogo.
Fica então a importância de olharmos para nossas atitudes sempre que passarmos por situações desse tipo. Porque é fácil julgar, mas só quando o "réu" é o outro. Se queremos ser ouvidos é bom também sabermos ouvir. Aliás, aqui no término desse post, espero que ainda você esteja me "ouvindo".

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Mudando dia após dia.

Estive meio ausente nessas duas últimas semanas e por alguns instantes achei que não escreveria mais. Achei que aconteceria igual ao meu antigo blog, uma hora as postagens simplesmente cessariam. Comecei a me questionar, "será que parei de pensar na vida?", "será que estou voltando a ser quem era?", "será que pensar mais profundamente realmente faz parte de mim ou era somente um momento da vida?".
Então hoje percebi que não sou mais quem fui. Muita coisa mudou e não escrever por um período não significa que voltei atrás em quem sou. Mas de qual mudança estou falando? Quase que óbvio que não é da mudança física, de aparência, mas sim da parte invisível, que envolve quem sou, o que aprendo e aprendi. Porém "curiosamente" para falar um pouco disso, lembrei de algo que envolve a mudança nos aspecto físico. Uma vez ouvi um professor dizer que a tese da homeostase (a constância estudada na biologia e falada quando estudamos o corpo humano) não existe. Porque a todo o tempo o corpo sofre alguma alteração, em cada batimento, em cada respiração, o corpo já está deixando a homeostase.
Acredito que assim também somos nós (já me disseram que alguns filósofos já falaram sobre isso. Não os estudei ainda e mesmo assim falarei o que penso, porque aqui o espaço não tem objetivo acadêmico, apenas divulgar pensamentos). Cada momento em que temos contato com o mundo, com as pessoas, deixamos a homeostase. Porque recebemos influência deles, seja nos pensamentos, seja nas atitudes. Aqui não entro no mérito se mudamos para "melhor" ou "pior". Apenas mudamos.
Ainda que há quem pense que continua a mesma pessoa de 10 anos atrás, sinceramente acho que não (não significa que eu esteja certo). Princípios, valores, ideias podem não ter mudado, mas a partir do momento em que você vê, aprende algo novo, você já mudou.
Percebe? É automático!
Mudar faz parte do ser humano. Mudamos a cada dia e acho que devemos nos permitir mudar. Como assim "permitir" mudar se isso é automático? Sim é automático, mas acho pode acontecer de forma mais ou menos fluída. Então simplesmente viver sem se preocupar excessivamente se você é isso ou aquilo ou querer parecer dessa forma ou de outra é algo que pelo menos para mim representa permitir mudança. Não estou falando para não ter identidade, não. Acredito que todos temos e devemos ter uma essência (aquilo que somos e gostamos quando ninguém está perto), mas acho que somos construídos e desconstruídos a cada dia em alguns aspectos e vejo isso como algo positivo, porque a cada dia nos é dada a chance de aprendermos, enriquecermos nossa vida com experiências.
Então vamos permitir em nós mudanças, vamos permitir que a vida nos ensine e nos construa! 

terça-feira, 1 de setembro de 2015

A necessidade de resposta.

Pode até parecer um contra-ponto do último post, mas não é. Explico o motivo. Semana passada durante uma aula foram levantada algumas questões sobre fé que são complexas para se responder e que muitas vezes são generalizadas ou colocadas em um molde. "É assim e pronto". Mas como um dos colegas observou, o ser humano é muito complexo e a questão da fé faz parte do ser humano, consequentemente até podemos responder de maneira pontual, porém acredito que será uma resposta imprecisa.


Bom, a fé não é o ponto principal deste post, é apenas uma introdução para algumas questões. Esse pequeno debate me fez pensar por que será que o ser humano precisa desse tipo de definição concreta e pontual? Será que isso tem a ver com o tempo no qual vivemos? Por que temos essa necessidade de sempre querer responder tudo? Por que assumir que não sabemos ou lidar com a incerteza nos incomoda tanto? Por que isso é visto como um sinônimo de fraqueza?

Muitas perguntas e assumo que não tenho respostas definitivas para elas, apenas o começo de algumas hipóteses.

Talvez essa necessidade esteja envolvida com a era que vivemos, com a valorização da ciência e explicação (ou suposta/temporária explicação) de tudo. Não saber pode significar ou que você não procurou direito ou que você é incompetente. O que não é necessariamente verdade. Muitas das questões da vida não tem e talvez nunca terão respostas, ainda que nós busquemos com todos os nossos esforços.
Também acredito que possa ter a ver com o querer ter o controle de tudo, como já falei em posts anteriores. Quando não sabemos, não temos o controle em nossas mãos e isso nos traz insegurança. Quando "conseguimos" definir, pontuar, fechar o tema e falar "é assim" satisfazemos nosso ego e nos sentimos seguros.

Apesar disso, talvez o anseio do ser humano para encontrar respostas e afirmar de forma que traga conforto a sua mente nunca cesse. Parece sempre que precisamos de uma resposta. Infelizmente isso faz com que muitas vezes a "encontremos" de maneira manipulada e forçada. O que para mim não parece ser a melhor solução.
Então finalizando, penso que podemos ter duas formas para viver (podem haver mais, mas citarei só duas aqui): achando que temos o controle e encontraremos as respostas ou assumindo nossa limitação e convivendo com as incertezas de maneira franca.
Até agora estou escolhendo a segunda (ou pelo menos acho que estou, em alguns aspectos). Qual você escolhe?

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Por que nos contentamos com o raso?

(Ainda que possa parecer meio "sou escritor de livro" ou coisa do tipo, não posso deixar agradecer a Yohana por ter contribuído com esse post).

Nossos dias são repletos de informação. De diversas fontes, diversas opiniões e profundidades. O que antes era pouco e limitado para a maioria, agora existe até em "excesso". Das enciclopédias para o Google. Da pesquisa manual nos índices para as teclas e cliques. Como avançamos no quesito quantidade!
Porém, como alguns já enfatizam, quantidade não é necessariamente qualidade. Ao passo que temos muito, temos pouco. Pouco conteúdo aprofundado. Pouco explorado por quem disponibiliza assim como pouco procurado por quem lê. Vivemos um tempo que "vemos, logo compartilhamos" (fazendo uma adaptação a Descartes). Há um nível muito raso, novamente lembro das redes sociais, infelizmente também muitas vezes em nossos relacionamentos, nossos estudos e conteúdos que sabemos. Sabemos muito pouco de muitos assuntos e ficamos satisfeitos com isso. 

Por que isso? Teoricamente não deveria ser o contrário? Maior disponibilidade, maior busca? (Sei que existem exceções e estou generalizando). 
Mas talvez isso tenha relação com o pensar. Não só o pensar por pensar. O pensar de maneira profunda. Só se chega a informações profundas quando se pensa de maneira profunda. Pensar assim é um trabalho árduo e em nem sempre rápido. Em nossos dias tudo é muito rápido e "não temos tempo para isso". Penso que esse é um possível motivo para não buscarmos a fundo. 

Vejo que uma das grandes capacidades do ser humano (se não for a maior) é pensar de forma crítica. Precisamos exercitar isso. (Infelizmente no Brasil não somos estimulados a pensar dessa forma, porque em muitos lugares, o questionar já é necessariamente afrontar e desrespeitar). Não acho que isso deva ocorrer de forma frenética, mas ao seu tempo. Cada um tem o seu. O importante talvez seja ter "fome" por pensar, por aprender. Assim deixaremos de nos contentar com o raso, estimularemos nosso pensamento crítico e quem sabe dessa forma, conseguiremos unir a quantidade à qualidade. 

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Viver pelo medo.

Aviso: o post a seguir é um pouco diferente dos anteriores porque é um compilado de notas pessoais e o texto que fui redigindo com a leitura delas.

Há um tempo atrás comecei a perceber que em uma fase (ou boa parte) da minha vida estive vivendo pelo medo.
"Como assim?". Vivia momentos de forma artificial, não sendo totalmente quem sou, com medo em meu coração. Principalmente com medo de falhar, medo de não ser aceito, medo de me expor ao outro, medo de ser ferido.
Talvez a pressão de querer viver uma vida controlada e perfeita me fez ter muito medo de errar em minhas escolhas. Mas os dias foram se passando e percebi o quanto viver dessa forma estava me desgastando.
Estava me sentindo frustrado, decepcionado porque parecia que as coisas não estavam dando certo. Ou pelo menos não da forma que eu esperava.

Então não tenho medo de admitir que estou aprendendo a viver agora.

Viver de verdade. Sabendo que a vida não está sob o meu controle e que muitas coisas são descobertas com o caminhar.
Hoje parece que estou começando a respirar.
A pressão que havia (e há ainda) sobre meus ombros vai aos poucos sendo deixada para trás. Sei que isso tudo é um processo, que medos e traumas nem sempre saem de uma vez.
Mas parece que começo a entender de fato que a vida é semelhante a um quebra-cabeças (ainda que seja cliché isso. Aliás, se você já leu outros posts, deve saber que não ligo em usar clichés). Não é possível montar de uma vez, mas é preciso ir encaixando peça por peça.
Não preciso ter medo de não conseguir encaixar as peças na primeira tentativa. O importante é aprender como encaixá-las corretamente, independente do tempo que isso leve.

Hoje começo uma aventura chamada vida. Tentando deixar de viver pelo medo.



quinta-feira, 30 de julho de 2015

Por que tanto ódio? - O agravante das redes sociais.

Será que sempre fomos pessoas com ódio e intolerância e agora que isso está vindo a tona por causa dos meios de comunicação, principalmente das redes sociais?

Faço essa pergunta porque não sei se é impressão minha, mas parece que cada vez mais nos tornamos pessoas mais intolerantes e "donas da verdade" na internet. Quem nunca viu posts de redes sociais (qualquer uma delas: Facebook, Instagram, Twitter, etc.) do tipo "lixo!", "vai se f*&#.", e outros semelhantes? Ou também entrou em um site de notícias e viu ao final da matéria comentários totalmente desnecessários e depreciativos simplesmente por não concordar?

Parece que a internet, mais especificamente nas redes sociais, se tornou um lugar de expor todo ódio sem ter um motivo relevante. (Sei que não sou o primeiro e nem serei o último a me manifestar sobre isso).
Não estou dizendo que temos que concordar com tudo o que lemos, mas se formos criticar, que seja uma crítica embasada, com respeito, sem ofender quem escreveu simplesmente porque a pessoa expôs a visão dela.
"Tenho o direito de me expressar". Ok. Tem mesmo. Mas como no velho ditado "quem fala o que quer, ouve o que não quer". Assim como a pessoa pode ofender, com boa probabilidade também será ofendida da mesma forma. Talvez seja muito confortável se esconder "atrás" da tela do computador ou do gadget e comentar qualquer besteira sem pensar nas consequências. Mas pergunto: o que adianta escrever isso?

Talvez tenha algo mais profundo em tudo isso. Talvez realmente sejamos pessoas cheias de amargura em nossos corações e que a forma de extravasar isso é postar, comentar. Penso que nossa sociedade com o espírito de competitividade exacerbado também contribui para nossos comportamentos agressivos. Quero deixar claro que não estou jogando a culpa na sociedade e isentando as pessoas, porém o modo como nós vivemos parece contribuir, porque a todo momento queremos nos comparar ao outro e vencer.
O desrespeito, o ódio, a intolerância começam a partir do momento que me julgo superior ao outro. Mas será que realmente sou? Ou seria essa uma auto-defesa para não expor minha fragilidade? Parece razoável a ideia de diminuir o outro já que não consigo me exaltar e nas redes sociais consigo ser superficial o suficiente para que não vejam o quão imperfeito sou na realidade.

Temos um agravante das redes sociais, mas temos a oportunidade de repensar o modo como as utilizamos. Temos um problema mais profundo de ódio em nossos corações, mas tempos a oportunidade de pensarmos, por que disso? É tempo para mudar. Ainda não é tarde demais para se questionar.

terça-feira, 21 de julho de 2015

Por que tanto ódio? - A intolerância de nossos dias.

Havia escrito um post na última sexta (17/07) e ele sumiu. Não sei se apaguei sem querer ou se foi um erro do site. Mas basicamente, estava incomodado porque sentia que faltava algo em minhas postagens. No dia seguinte, conversei com alguns amigos sobre esse incômodo que pairava sobre minha mente. Ainda não sabia como explorar um tema de maneira mais profunda e ao mesmo tempo tentar escrever um texto objetivo e compacto. Foi então que uma amiga deu a sugestão de separar o tema em vários posts. Não tinha parado para pensar nisso e achei que poderia ser uma boa ideia para utilizar aqui. Então, partir desse post começarei essa proposta com o tema: Por que tanto ódio?

Outro dia estava andando de ônibus e ouvi um comentário sobre o incêndio na boate em Santa Maria - RS. O rapaz dizia que os que estavam na boate deveriam morrer mesmo só porque estavam no show da banda (que por sinal, não era do estilo que ele gostava) que, segundo a imprensa, soltou os fogos de artifício. Com esse e outros comentários, percebo uma intolerância, não sei se crescente ou não, mas em todos os aspectos, como por exemplo: étnico/cultural, sócio-econômico, religioso, etc.

Para ilustrar, vemos na tv, internet, jornais, casos de racismo e como as pessoas estão reagindo a eles. O mais noticiado recentemente foi com a Maju, do JN. (Às vezes até chega a causar indignação de como em pleno século XXI algumas pessoas ainda acreditam que a capacidade de alguém está sujeita a cor de sua pele). Mas o problema é que isso parece que ocupa espaço em todas as áreas de nossa vida. "Se você não torce para o mesmo time que o meu, você não merece meu respeito. Se eu te encontrar na rua vou te espancar até você entrar em coma ou morrer". "Se temos posicionamentos políticos diferentes, te odiarei com todos meus compartilhamentos no Facebook". E assim por diante. Poderia dar uma série de exemplos, mas acho que não é necessário. Já deu para entender.

Por qual motivo devemos ser tão intolerantes? Sinceramente, não consigo entender qual é o problema do outro ser diferente, pensar diferente, gostar de coisas diferentes.
A beleza do ser humano está na diferença. Se todos fôssemos exatamente iguais seria muito chato.
Precisamos pensar e repensar sobre nossa intolerância. Se continuarmos da forma que estamos nossa sociedade tenderá a ser ditatorial novamente. Imposição e caso não seja acatado, repressão. Nos uniremos aos acontecimentos que marcaram a história como fatos lamentáveis: fascismo, nazismo, a ascensão do Ku Klux Klan, etc. Além de enchermos nossos psicólogos e psiquiatras (e por que não até mesmo manicômio) com gente reprimida, deprimida e sem oportunidade de viver da forma que é.

Vivemos dias de alerta e penso, por que tanta intolerância se pode haver aceitação? Por que tanto ódio se pode haver o amor?
Observando tudo isso fico pensando aonde nós vamos chegar? Parece que estamos regredindo como sociedade. Ou será que sempre fomos assim e agora isso está vindo a tona por conta dos meios de comunicação, mais especificamente por causa das redes sociais?



quinta-feira, 2 de julho de 2015

Neblina

Você já andou em uma estrada com neblina? É uma sensação (pelo menos para mim) angustiante. O motorista tem que quadruplicar a atenção porque só consegue ver poucos metros a frente.
Tem momentos da vida que parece que estamos no meio de uma neblina (ok, imagino que seja uma comparação usual e até certo ponto cliché, mas sendo ou não, usarei mesmo assim).
São momentos em que não conseguimos ver o que vai acontecer até chegarmos muito perto. Isso é o que traz angústia e por isso pode ser uma das cenas mais clássicas dos filmes de terror.
Momentos em que a vista fica dificultada e o tomar uma decisão requer muito cuidado. Também momentos em que muitas vezes aparecem obstáculos inesperados e é necessário agilidade e destreza.
Há diversas formas de agir no meio da neblina. Cada um precisa avaliar suas condições e o tipo de neblina que está enfrentando.
Há neblinas rápidas, que o importante é continuar andando, em uma velocidade menor é claro, mas que logo logo passa.
Algumas são densas e não parecem passar, essas talvez a melhor recomendação seja parar e esperar. Uma hora ela também vai passar, ainda que não pareça.
Nas neblinas com obstáculos é preciso raciocínio rápido, porque não ter nenhuma atitude diante do imprevisto pode causar um acidente.
Às vezes podemos querer saber a origem da neblina e o motivo de estarmos no meio dela. Nem sempre teremos respostas, pois muitas vezes simplesmente é algo natural da vida.
Seja qual for a neblina, exige atenção. Talvez quando começamos a cair na rotina paramos de prestar atenção ao que está a nossa volta e por esse lado a neblina nos ajuda a observar melhor (mesmo que em um raio de distância menor).
E seja qual for a neblina, ela é passageira. Algumas passam logo, outras não. O importante é saber que uma hora ela vai passar e então poderemos ver de forma clara novamente.


quarta-feira, 24 de junho de 2015

"Amigo estou aqui..."

Como já dizia a canção de Toy Story, "amigo estou aqui", semana passada dois fatos me fizeram pensar sobre como é importante desenvolver amizades, relacionamentos verdadeiros.

O primeiro deles foi reencontrar no mercado um casal de amigos que fazia tempo que não via. Nós conversamos durante uns 30 minutos e saí daquela conversa pensando "como foi bom revê-los", não só por ter sido uma conversa muito agradável, mas por considerá-los pessoas importantes.

O segundo foi um outro amigo que há um tempo não parávamos para conversar, mesmo encontrando direto, simplesmente chegar e perguntar se estava tudo bem e etc. Também conversamos durante bastante tempo e foi muito bom. Me senti renovado após a conversa.

Duas coisas simples, cotidianas, que para mim refletiram o "ser amigo".

Entendo que a amizade vai além de nossos interesses. A verdadeira amizade não envolve só os interesses pessoais, antes aceita o outro com suas virtudes, dificuldades.
Claro que parece ser mais fácil torna-se amigo de quem tem os mesmos interesses que você (talvez seja mesmo), por outro lado, conhecer pessoas diferentes ajuda a perceber quão interessantes essas pessoas são e o quanto elas podem nos ensinar.

Em dias que parece que cada vez mais nos ajuntamos com os nossos semelhantes e atacamos os diferentes, quebrar barreiras e fazer amigos diferentes verdadeiros é sem dúvida uma riqueza a ser guardada por toda a vida.
Amigos que tem ousadia em te corrigir, te fazer passar vergonha, te "salvar" em momentos constrangedores, te ouvir quando você simplesmente quiser desabafar. Amigos que não escolhem data ou hora para ir em sua casa "fazer um lanchinho" e que da mesma forma te recebem. Amigos que atendem sua ligação tarde da noite. Amigos que só de olhar você já sabe o que eles estão pensando. Amigos que mesmo passando anos longe, quando encontram é como se vissem todo final de semana.
Independente de como sejam seus amigos, deixe a vida te dar pessoas que você pode ouvir e falar "amigo estou aqui...".


sexta-feira, 12 de junho de 2015

Imersão contra os pré-conceitos.

Em parte por conta da polêmica da parada gay em São Paulo/propaganda da Boticário e em parte por pensamentos que já vinham permeando minha mente há um tempo, resolvi escrever sobre nossos pré-conceitos. (Pré-conceitos que digo são nossos julgamentos antes de conhecer algo).
Antes de tudo, quero esclarecer que não entrarei no assunto da parada gay em São Paulo porque li muito pouco sobre o assunto e nem é meu objetivo discutir isso agora. Esse fato foi apenas mais um contribuidor para pensar o post sobre os pré-conceitos.

Estava pensando esses dias atrás, o quanto os pré-conceitos nos engessam?
Quantas vezes criamos barreiras com as pessoas e com situações por causa deles?

Vejo que eles podem nos impedir de criar grandes relacionamento e de vivenciar experiências enriquecedoras para a vida. (Obs: entendo sim que algumas barreiras em relação a pessoas ou situações podem ser frutos de experiências ruins).
Parece ser muito mais cômodo ficar olhando de longe, julgando, mas também é muito mais fácil errar. Condenar sem conhecer.
Semana passada tive uma experiência que me fez sair da minha zona de conforto. Fui com alguns amigos para uma fazenda e em um determinado momento resolvemos subir em um monte. Para subir lá tivemos que andar por um caminho com mato alto, espinhos, algumas partes com o solo íngreme. Eu poderia ter recusado ir e ter ficado de longe vendo como a situação era difícil por causa desses obstáculos. Mas resolvi fazer fazer diferente. Abri mão do meu pré-conceito de que poderia ser difícil e optei por "me lançar de cabeça". Com certeza, não me arrependi. Senti o que há muito não sentia e aquilo fez bem para mim.
Então vejo que essa é uma possível solução para superarmos nossos pré-conceitos. Imersão desarmada. Ir de coração aberto. Claro que nem sempre será uma surpresa positiva, mas acredito que essa atitude para com pessoas e certas situações pode sim dar ótimos resultados.
Quais pré-conceitos precisamos quebrar?

quarta-feira, 3 de junho de 2015

Step by step on right time

Look around you, see, what is your situation? Your pace?
Think about your life, your relationships, your job. Are your steps too fast or too slow?
Be sensitive, stop, take a breath. It's not easy, but sometimes we need to stop everything and put our thoughts organized.
If we are into the eye of hurricane, maybe we can't see important details and it can compromise all.

Lendo um livro sobre liderança, comecei a pensar em algumas coisas.
Uma delas é a importância de parar e fazer uma análise sobre nossa situação. Essa análise deve ser feita de tempos em tempos para conseguirmos caminhar no ritmo certo. Passo a passo. Sem atropelar e sem deixar as oportunidades irem embora.
Nessa análise podemos envolver nossa identidade, nossas atividades/tarefas, o modo como nos relacionamos com os outros. Se ficamos apenas no "automático", nossa vida passará e será tarde demais para querer voltar atrás. Aspectos pequenos que podem passar despercebidos quando não observados com calma e podem se tornar um grande problema se não resolvidos. Por isso é importante refletir e "cortar pela raíz".
Claro que não devemos ficar nos analisando o tempo todo. Isso se tornaria uma patologia. Mas a ideia é de tempos em tempos, fazermos isso. Sempre podemos trabalhar em áreas de deficiência sem deixar de ser que nós somos. Precisamos saber qual é nosso ritmo e tentar andar no tempo certo.




terça-feira, 26 de maio de 2015

O fascínio das fórmulas do sucesso.


Quando você lê títulos de livros como "5 passos para felicidade", "7 maneiras infalíveis para manter seu casamento saudável" ou "A trilha para o sucesso profissional", não fica esperançoso? Tenho visto vários livros e matérias em sites com esse tipo de título.


Seguir fórmulas é atrativo porque parece ser um atalho para nossa vida, mas nem sempre é. As fórmulas ou passos para ter sucesso em algo pode ter funcionado muito bem para quem escreveu o livro, realizou a pesquisa e para outros, porém é importante termos em mente que cada vida é única.

Algumas coisas podem funcionar para nós mas não é uma regra. Ter isso claro é fundamental para evitarmos frustrações profundas (principalmente aquelas que parecem que o problema está em nós, e não necessariamente está).

Acredito que podemos sim utilizar passos da fórmulas, ver o exemplo de outros, ter o conhecimento das pesquisas e estudos, mas querer que eles sejam uma verdade completa em nossa vida pode significar perda de autenticidade, perda da identidade própria. (E sinceramente, não acredito que nascemos para ser cópias).

Entendo que nossa vida deve ser construída, passo a passo, buscando viver com intensidade a fase a qual passamos. Ainda que pareça muito mais fácil seguir um caminho traçado por alguém, nós devemos trilhar nosso próprio caminho. Isso é vida, isso é viver.

Então cuidado com o fascínio das fórmulas de sucesso. Vamos em busca daquilo que nós consideramos ser sucesso, construindo nosso próprio e único caminhar.

quinta-feira, 21 de maio de 2015

"Pois um tiro no escuro pode ser a solução ideal" - Castelo (Tanlan).

Arriscar. A própria palavra já diz, colocar algo em risco.

Quantas vezes temos medo de fazer isso?

Há quem seja visionário, empreendedor, sonhador que consegue arriscar sem muito desapego. Porém há aqueles que tem medo de arriscar. 
Por quê? 
As causas podem ser diversas, mas um dos motivos pode ser o medo de fracassar.
O sentimento de que pode não dar certo e isso colocará minha reputação em cheque. 

Pensando por outro lado, será que o pior fracasso não é nem arriscar? (Não lembro quando nem onde ouvi algo parecido com isso).
Não arriscar pode significar ter que conviver com o atormentador "e se...". 

Nem toda vez que arriscamos é necessariamente inconsequente ou sem planejamento. Tudo pode ser bem pensado e planejado, o risco vem na hora da execução, porque pode ou não dar certo.
Tomando como exemplo pessoas que fizeram o que, até então, era impossível acontecer, arriscaram (ex: Thomas Edison, Alexander Graham Bell, Santos Dumont/irmãos Wright). Várias e várias vezes. Estiveram entre a tênue linha do permanecer no lugar seguro e fracassar. 
Ainda que não tenham conseguido na primeira tentativa, não deixaram de arriscar e obtiveram o sucesso, muitas vezes até muito maior do que imaginavam. (É válido lembrar que o fracasso também faz parte da vida e ele é muito importante para nosso crescimento e amadurecimento). 

O quanto temos arriscado? Às vezes sair da zona de conforto e "mergulhar de cabeça" nos faz alcançar patamares que nunca imaginaríamos. 


quarta-feira, 20 de maio de 2015

Começo ou recomeço...

Há alguns anos atrás já havia criado um blog com a intenção de refletir sobre fatos do cotidiano. Parei, cansei. Hoje volto, talvez mais maduro e com um olhar diferente.
Penso que cada dia vivido pode ter uma reflexão.
Pensamentos avulsos que são trazidos a mente podem fazer a diferença quando analisados com calma.
Mas minha ideia não é tão somente fazer a análise para você. É te incentivar a fazer sua própria análise. Se você não tem esse hábito, apenas comece. A profundidade da reflexão só virá com o exercício da mesma. Assim também acredito que será comigo e espero que seja possível ver isso nesse blog. 
Então que tal encaramos juntos esse desafio de refletir sobre pensamentos de um dia comum?